quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ouro de Praga


Passeio pelas ruas

Em busca de ti

Olho para o alto das cúpulas

Douradas, em centenas,

Apontam-me o céu.

Sol, vejo-te refletido no ouro,

Vastidão do firmamento.

Troco passos, os olhos

Que atravessam as pontes

São os teus.

Em milhares se multiplicam,

Olham-me, bisbilhotam...

Silenciosamente...

Busco-te em um, em apenas um par

Mas estás em tantos, estás em todos...

Olhos, corpos que contam histórias de guerras,

Guerreiros, conquistas, glórias...

Tempo áureo... nosso tempo!

E naquele passado perscruto tua alma,

aprisionada nos porões do castelo!

O rio, incessante, passa por debaixo das pontes,

apenas o rio a limpar,

purificar as dores e dissabores.

Água negra de sangue, de sonhos...

As cores vivas se misturam,

Deslumbrada pelos raios de sol

Olho para cima, um falcão paira no ar

Em forma de vaga.

Mais uma vez, no alto te procuro,

Olhar de ouro, para me libertar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário