quarta-feira, 24 de julho de 2013

Canção de Madeira


Do alto da imensa montanha, abraçando o mar

Te vejo debaixo do ensolarado céu,

Eu, homem sem sonhos...

O mar bravo bate nas encostas e lava as pedras

Brilhantes como vagas.

Pelo mar afiadas, apontam reluzentes como espadas

(cortam a luz do sol)

Areias brancas e vermelhas colorem as conchas deitadas ao mar

sobre as pedras

Corais se agarram aos teus pés castanhos

A claridade ilumina teu rosto, doura tua tez

O vento de Funchal agita teus cabelos negros

Daqui sinto teu perfume

O mar segue teus passos

As pedras enfeitam teus pés

Os corais, beijam...

Lá do Areeiro te contemplo

Na quebrada do oceano,

Por entre as brumas do céu.

Tocando a urze, em meio a alecrins e violetas,

Furtivamente vejo os malmequeres que se precipitam em ti,

Estrela do oceano, bruma do meu coração.

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