Do alto da imensa montanha, abraçando o mar
Te vejo debaixo do ensolarado céu,
Eu, homem sem sonhos...
O mar bravo bate nas encostas e lava as pedras
Brilhantes como vagas.
Pelo mar afiadas, apontam reluzentes como espadas
(cortam a luz do sol)
Areias brancas e vermelhas colorem as conchas deitadas ao
mar
sobre as pedras
Corais se agarram aos teus pés castanhos
A claridade ilumina teu rosto, doura tua tez
O vento de Funchal agita teus cabelos negros
Daqui sinto teu perfume
O mar segue teus passos
As pedras enfeitam teus pés
Os corais, beijam...
Lá do Areeiro te contemplo
Na quebrada do oceano,
Por entre as brumas do céu.
Tocando a urze, em meio a alecrins e violetas,
Furtivamente vejo os malmequeres que se precipitam em ti,
Estrela do oceano, bruma do meu coração.
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