quinta-feira, 17 de junho de 2010

FENDA

Nossos corpos exaustos de amar, inertes,
ansiando pelo último gozo, que não existe,
olham um para o outro, cúmplices,
emudecem no silêncio da manhã.
Bocas entreabertas,
Olhos que gritam desejos
Sorrisos que imploram
Outros sorrisos finitos,
Talvez vindouros
Em uma outra manhã qualquer.
(Dezembro de 2006)

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