Mergulhei nas dobras da minha memória
apostando ouvir no mar o som de tuas gargalhadas
abafadas pelo meu abandono.
E foi percorrendo as imagens turvas de minha mente
que encontrei a tua primeira imagem, com teu sorriso tímido,
e tua última aparição, com olhar enfurecido pelas mágoas dos anos.
Corri, então. Fugi das lembranças de outrora.
Lembranças de tardes ensolaradas
substituídas por noites escuras e gélidas.
E percebi que o amor pode ser sepultado.
E que os amantes guardam amortalhadas
lembranças de um amor que nunca foi
dentro do peito doente insandencido.
02/01/2008.
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